Se não nos falhe a memória...
Um momento em que compartilhamos
nossas experiências pessoais e pudemos constatar que não estamos sozinhos.
“Tudo o que era guardado à chave
permanecia novo por mais tempo. Mas meu propósito não era conservar o novo, e
sim renovar o velho.” (Walter Benjamin)
Convido você a deixar também
suas lembranças nessa Toca da memória...
CLARA BENEDITA BONOME ZEMINIAN
“Quando eu era criança, meu pai não permitia
que ligasse a televisão durante o dia e então comecei a frequentar a biblioteca
de minha cidade. Apaixonei-me pelos livros e pelos mundos novos que eles nos
propiciam. A partir daí li muito, devorei livros com um prazer cada vez maior.
Minha tia, professora de Português, sempre me incentivou muito e dela ganhei
diversos livros. "O meu pé de laranja lima" foi um dos livros que
marcou a minha infância. A história de Zezé, menino sofrido, que encontra em
uma árvore um amigo e confidente, fez-me entrar, definitivamente, no mundo
mágico da leitura. Depois vieram os inesquecíveis personagens de Monteiro
Lobato, que também colaboraram para o meu encanto cada vez maior pelos livros.
As histórias e personagens multiplicavam-se e alimentavam meu espírito, ávido
por descobertas e pleno de ilusões. Foi um tempo muito feliz, tempo de sonhar,
de imaginar, de criar asas, de viver heroínas, de encontrar heróis, de ser
princesas, de encontrar príncipes, enfim, de ser feliz.”
“Definitivamente,
a leitura sempre fez parte da minha vida. Lendo os depoimentos apresentados,
cheguei à conclusão que a leitura tem funções diversas e complementares para
mim: informação, lazer e prazer, crescimento pessoal, fuga da realidade, ver o
mundo a partir de outros olhares, acalmar, afagar a mente e a alma, apreciar e
me extasiar com a literariedade dos textos. Coube a meus pais despertarem tal
interesse, o que fizeram com louvável sucesso, minha mãe contando suas
histórias e meu pai lendo e apresentando a estante de onde ele tirava aqueles
livros e mergulhava em um mundo particular. O gosto evoluiu para a escola e
sempre tive grande proximidade com os professores que abriam os caminhos para a
leitura. Enfim, aqui estou, e fiz disso uma profissão que preenche grande parte
da minha vida.”
DANIELLI VIEIRA DA
SILVA
“Rubem Alves
define belíssima e perfeitamente aquilo que eu sou, ou melhor, aquilo que eu
acredito ter... “Come-se e bebe-se a carne e o sangue de Cristo para se ficar
semelhante a ele. Eu mesmo sou o que sou pelos escritores que devorei...” Gostaria
muito de escrever minhas experiências de leitura e escrita com as palavras mais
lindas, com rimas perfeitas, em forma de poesia, e descrevê-la de modo que,
quem a ler, imagine-se diante da fotografia desse momento tão importante em
minha vida. Como não tenho dom para isso traduzo-a em poucas palavras: Vó Lena,
Professora Margarida, Dona Ivete, Professora Madalena...e “Zezinho, o dono da
porquinha preta”. Essas palavras me levam a muitas experiências de leitura...Com
o passar do tempo essa minha história se encheu de gente importante, de livros
e de palavras, muitas palavras. Hoje eu sou aquilo que eu li, que eu leio, mas
também sou um pouco de todos que passaram pela minha vida. “...descobrimos
nossos próprios pensamentos e nossa própria fala graças ao pensamento e à fala
de um outro. (Marilena Chauí)”
EDNA MARIA SELPIS DE
OLIVEIRA
“Lembro-me
de que quando tinha seis anos eu gostava de ver o caderno de minha irmã que já ia
para a escola e eu não, e via as figuras e desenhos, via os livros e comecei a
copiar as letras do caderno dela, depois pedia para minha mãe ler para mim e eu
repetia. Minha mãe sempre lia histórias para nós, então, logo comecei a ler,
até que entrei na escola, não foi nada difícil aprender e sempre eu queria ler
mais.”
ELAINE CRISTINA DE
OLIVEIRA BAVA
“Tenho muitas
lembranças boas quanto à palavra escrita. Ouvindo depoimentos dos colegas de
curso, resgatei alguns episódios marcantes de minha infância, algumas histórias
contadas por meu pai. Por diversas vezes tentei encontrar estas histórias em
livros, na internet, mas não encontrei. Percebi então que eram histórias criadas
por ele. Nos dias de hoje, faço o mesmo que meu pai fazia, crio histórias para
meu filho de apenas 05 anos, mas com um detalhe, ele dá o tema, e sempre quer
ouvir cada vez mais. Fica encantado com as histórias e na escola conta para a
professora e para os colegas. A lembrança me faz recordar também, das histórias
infantis contadas pelos meus primeiros mestres. Eram livros maravilhosos,
coloridos que enchiam os olhos de qualquer criança. Na situação, nós
praticávamos a leitura em fichas de leitura, que ficavam numa caixinha no
cantinho da sala de aula. Os livros eram novidades. Eu me deliciava com as
histórias e sempre me colocava nas situações vividas pelas personagens. Adorava
saber das coisas que aconteciam do outro lado do mundo. Conhecia muitas personagens,
onde viviam o que faziam e imaginava todas as situações vividas por elas.”
Nosso blog ficou ótimo, também, fazemos exatamente aquilo para o qual nascemos para fazer... Que legal! Emocionei-me com estes depoimentos.
ResponderExcluirCris, sabe q acabei me empolgando né...Já separei vários materiais pra postar, só não sei se já posso. Grata pela colaboração viu...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMeninas,achei os depoimentos ótimos e emocionantes. O blog ficou fantástico
ResponderExcluirDani, também tenho uma situação de aprendizagem baseada nos textos sobre adolescência do Currículo 2, 9º ano. Ficou muito legal, e eu usei anet para finalizá-la. Ensinando e aprendendo,né!?!?!? Rsrsrsrsrsrs. Depois postarei.
ResponderExcluirNosso blog ficará o máximo, garotas! Vamos alimentá-lo de vez em quando.Beijos!